Imagem: Stephanie Bertram |
Sinopse: Muitos acreditam que a pequena cidade de West Hall seja mal-assombrada. Ao longo de sua história, vários casos de pessoas desaparecidas foram registrados na região mistérios nunca desvendados. Alguns moradores inclusive juram que o espírito de Sara Harrison Shea, encontrada morta em 1908, ainda vague pelas ruas à noite.A jovem Ruthie acredita que tudo não passa de uma grande bobagem. Porém, quando sua mãe desaparece sem deixar vestígios, ela começa a desconfiar de que aquela região guarda algum mistério, e suas suspeitas são reforçadas quando ela e a irmã encontram uma cópia do diário de Sara escondido em casa. Na busca pela mãe, Ruthie encontra respostas perturbadoras, e ela pode ser a única pessoa capaz de evitar que um grande mal aconteça.A leitura que escolhi para o mês de Julho do Desafio Skoob não podia ser mais propícia (sim, eu pulei o mês de Junho, mas só temporariamente). Essa capa já dá vontade de se enrolar em uma pilha de cobertores, além de ter um tom sombrio que atiça a curiosidade. Então, sem mais delongas, bora saber o que eu achei de Prisioneiros do Inverno!
Já sabia desde o começo que o livro teria um quê sobrenatural, porque a sinopse deixa isso um pouco óbvio. Mas, ao decorrer da leitura, pensei que em algum momento a história iria tomar um rumo mais próximo da realidade, o que não aconteceu. Se você gosta de thrillers com crimes e um suspense sem nadica de nada sobrenatural, este livro pode não ser pra você.
A narrativa alterna tanto entre personagens quanto pontos de vista. É majoritariamente em terceira pessoa, porém, quando lemos passagens do diário de Sara Shea, passa a ser em primeira pessoa. Os narradores a princípio não tem uma ligação muito definida, mas ao longo da obra vamos entendendo como e por que todos estão interligados.
Não sou de sentir medo ao ler livros, mas este conseguiu me assustar um pouco. Não tanto com cenas gráficas, mas sim com coisas pequenas, como barulhos inesperados, vultos estranhos e diálogos sombrios. Sem contar a sensação que compartilhei com alguns personagens, de estar sendo observada.
Há muitos mistérios em Prisioneiros do Inverno. Acompanhamos a história "real", contada pelo diário de Sara, lá em 1908, e também alguns acontecimentos do presente, que nos fazem entender melhor todo o mal que ronda a cidade de West Hall. E também há alguns acontecimentos paralelos que achei bem desinteressantes, diga-se de passagem.
A personagem que mais me identifiquei foi Ruthie. Talvez pelo temperamento, a idade e os anseios que ela tem na vida. É um pouco rebelde sem causa, sim, mas é compreensível, já que não deve ser nada fácil ter 19 anos e viver numa casa que parece ter ficado presa no século XIX com uma mãe meio paranoica.
A irmãzinha de Ruthie, Fawn, é um dos mistérios mais intrigantes desse livro. A gente fica com uma pulga atrás da orelha o tempo todo com a menina, criando mil teorias a respeito dela e da boneca macabra que ela carrega e... Nada é explicado. Sim, minha gente, a autora simplesmente deixa de lado essa história depois de dar várias pistas e resolve dar mais atenção a umas tramas que nada tem a acrescentar.
E é por isso que mal consegui dar mais do que três estrelas para o livro. Jennifer McMahon criou uma história com raízes, muito bem estruturada, para no fim das contas correr com o final e deixar o leitor com cara de tacho. Em resumo, a autora não conseguiu entregar tudo o que havia prometido.
Mas no geral, Prisioneiros do Inverno é uma leitura ágil que com certeza irá te prender. As páginas fluem e a gente nem percebe o tempo passando. Recomendo a leitura para os fãs de suspense, fantasmas, zumbis e afins.
Curtiu? Não gostou? Vai ler? Conte-me tudo nos comentários :}
Esta resenha faz parte do Desafio Literário Skoob 2015 (saiba mais clicando aqui).
Tema de Julho: Inverno (Histórias que se passem em lugares frios, capas que remetam ao inverno)
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