Resenha | Sombra e Ossos

sábado, 29 de agosto de 2015
Imagem: Stephanie Bertram

Autor: Leigh Bardugo
Editora: Gutenberg
Páginas: 288
Ano: 2013
Classificação:
Skoob
Sinopse: Alina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza: o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras –, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter.A partir disso, é arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir a Dobra das Sombras.Agora, ela terá de dominar e aprimorar seu dom especial e de algum modo adaptar-se à sua nova vida sem Maly. Mas nesse extravagante mundo nada é o que parece. As sombrias ameaças ao reino crescem cada vez mais, assim como a atração de Alina pelo Darkling, e ela acabará descobrindo um segredo que poderá dividir seu coração – e seu mundo – em dois. E isso pode determinar sua ruína ou seu triunfo.
Olha mais uma resenha marota chegando :) Sempre que me deparava com uma resenha sobre este livro, ficava com uma faísca de curiosidade. Mas li muita coisa dizendo que o primeiro livro era meio sem sal, meio morno, então sempre deixava pra lá. Aí o tema do Desafio Literário Skoob (folclore e mitologia) me fez virar a atenção novamente para a obra de Leigh Bardugo e resolvi dar uma chance. Bora saber o que eu achei?

Já quero começar dizendo o que Sombra e Ossos tem de melhor: mitologia e worldbuilding. Dá pra perceber que a autora pesquisou e pensou bastante ao criar o universo deste livro. As descrições não são exageradas e deixam um pouco por conta da nossa imaginação a complementação do cenário. Gostei bastante do ar meio atemporal da história, que apesar de aparentar se passar em tempo antigos, poderia muito bem se passar nos dias de hoje, em um universo paralelo.

Apesar de bem construído, o universo criado por Bardugo nos confunde no começo. São muitos nomes em russo que a autora joga na nossa cara, e apesar de ter um glossário no início pra ajudar, ainda assim me esquecia sempre de quem era quem, quais poderes aquele “tipo” de Grisha tinha e quais deles eram os mais poderosos. Mas a gente acostuma até que rápido e pega o jeito.

Alina é uma protagonista neutra. Insegura, sempre se coloca pra baixo e tem umas atitudes infantis de vez em quando, mas no geral tem a cabeça no lugar e sabe pensar por si própria. A jornada que ela enfrenta é relativamente clichê, com certeza você já leu/viu aquela fórmula da garota-sem-graça-que-se-torna-a-salvadora-do-mundo, então, nada de novo até aí.

O que difere esta história de tantas outras tem nome (e é maravilhoso, rs): Darkling. Um anti-herói que a gente não sabe se odeia amar ou se ama odiar. Fiquei bem irritada com algumas de suas atitudes em relação à Alina, mas depois algumas pequenas reviravoltas me fizeram amá-lo de novo. Pelo que já li, muita coisa a respeito deste personagem ainda está por vir, e eu espero ansiosa para ler mais sobre esse lindo ♥

O romance, que raramente é algo que admiro em um livro, começou bem sem-graça, até porque Alina é apaixonada platonicamente por seu melhor amigo Maly (que é um chatinho, desculpa). Como era de se esperar, ele passou a vida toda sem reparar nela pra DO NADA se dar conta de seu amor. Gente, até quando? Por que é tão difícil pros autores mostrarem que há a possibilidade de pessoas do sexo oposto serem amigas sem nenhum interesse amoroso envolvido? O final da história em relação a esse romance é tão forçado que só revirando os olhos mesmo.

Já que to falando do que não gostei, vamos à escrita de dona Bardugo? Olha, eu sou uma escritora de gaveta, totalmente amadora e inexperiente, mas até eu sei que o uso excessivo de advérbios não é algo que favoreça nenhuma escrita. Suavemente, rapidamente, calmamente, abruptamente... Apenas pare. Não é legal e deixa a leitura truncada. E a autora também descreve algumas coisas meio desnecessárias, quando seria mais fácil mostrar ao invés de contar. Fica a dica.

Mas não se desespere. Tenho certeza que as chances são enormes de você, caro leitor, adorar Sombra e Ossos. Personagens cativantes, magia, aventura e um pouquinho de drama vão te conquistar e te deixar com gosto de quero mais. É só relevar meus pontos negativos que fica tudo certo.

É isso, gente! Não se esqueça de deixar seu comentário para fazer uma blogueira feliz :}

Esta resenha faz parte do Desafio Literário Skoob 2015 (saiba mais clicando aqui).

Tema de Agosto: Folclore e Mitologia 


Beijos e até o próximo post!

2 comentários:

  1. Ai, como já disse para você no skoob, esse livro é meu preferido da vida, né? Mas se não curtiu desesperadamente desse como eu, tem grades chances de curtir menos ainda o segundo. Eu mesma achei ele bem tedioso. Quanto ao Darkling, amor, apenas amor, quem é Maly gente????????? Nem conheço, aff!
    Beijooos

    www.jevasques.com

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    Respostas
    1. Oi, Jéssica! Poxa, sério que o segundo dá uma caída? Que pena, tava na expectativa... Mas de qualquer forma, não pretendo ler esse ano, então acredito que eu vá ter pique e interesse de novo mais pra frente. E Maly, favor morrer, obg hahah

      Beijão!

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