Resenha | A Visita Cruel do Tempo

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016





Autor: Jennifer Egan
Editora: Intrínseca
Páginas: 333
Ano: 2012
Classificação: 
Skoob
Sinopse: Bennie Salazar é um executivo da indústria musical. Ex-integrante de uma banda de punk, ele foi o responsável pela descoberta e pelo sucesso dos Conduits, cujo guitarrista, Bosco, fazia com que Iggy Pop parecesse tranquilo no palco. Jules Jones é um repórter de celebridades preso por atacar uma atriz durante uma entrevista e vê na última — e suicida — turnê de Bosco a oportunidade de reerguer a própria carreira. Jules é irmão de Stephanie, casada com Bennie, que teve como mentor Lou, um produtor musical viciado em cocaína e em garotinhas. Sasha é a assistente cleptomaníaca de Bennie, e seu passado desregrado e seu futuro estruturado parecem tão desconexos quanto as tramas dos muitos personagens que compõem esta história sobre música, sobrevivência e a suscetibilidade humana sob as garras do tempo.
Sim, o primeiro post de 2016 (Feliz Ano Novo!) será uma resenha de 2015. Sorry about that. Os próximos posts terão mais cara de começo de ano, prometo! Mas vamos logo ao que interessa. Essa foi minha última leitura de 2015 e a conclusão (mesmo que atrasada) do desafio IDY, que gostei muito de participar e irei repetir a dose esse ano. Bora saber se este livro ganhador do Pulitzer é tudo isso mesmo?

Para muitos, um livro bom precisa ter ação o tempo todo, assim como um arco bem construído, personagens cativantes e uma história que te faça esquecer o mundo à sua volta. Mas eu acredito que livros lentos e com enredos simples podem ser tão incríveis quanto as aventuras mais inimagináveis, e é isso que encontramos ao ler A Vista Cruel do Tempo, um lembrete nu e cru de que estamos à mercê do que não podemos controlar.

É claro que em um livro que fala sobre o tempo não iríamos encontrar uma ordem cronológica dos acontecimentos. Viajamos entre passado, presente e futuro, entre diversos pontos de vista e tipos de narração, e acredito que por incrementar tanto esses aspectos que Jennifer Egan preferiu contar uma história simples e cotidiana, que poderia acontecer com qualquer um de nós.

É um livro pretensioso? Talvez um pouco. O Pulitzer veio como reconhecimento por um trabalho que deve ter sido tudo, menos fácil. Para escritores amadores, como eu, ler AVCT é uma aula de estrutura narrativa e construção de personagens realistas. E por falar em personagens, a verossimilhança dos que Egan criou é tão grande que assusta. Me senti irritada de verdade não pela chatice de alguns, mas por reconhecer que as atitudes daquelas pessoas poderiam muito bem ser minhas.

Para finalizar, gostei muito da presença que a música tem no enredo. Em muitas cenas foi fácil imaginar a batida da música e sentir o som descrito pela autora. Então nem preciso citar o quão boa é a ambientação, né?!

Recomendo a leitura para todos os leitores fãs de uma ficção bem elaborada. Não vá esperando muitas reviravoltas e momentos impressionantes, e sim alguns tapas na cara.

Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You (saiba mais clicando aqui).
Tema de Dezembro: Gênero Favorito (Ficção, no meu caso)

Beijos e até o próximo post!

2 comentários:

  1. Oi Steph!
    Ainda não li nenhum livro dela, mas tenho aqui O Torreão.
    Tbe estou no desafio.
    Bjks mil

    www.blogdaclauo.com

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    Respostas
    1. Baseando por esse primeiro contato com a autora, com certeza lerei outros dela! Beijão, Claudia!

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