Resenha | 172 Horas na Lua

terça-feira, 12 de julho de 2016
Imagem: Stephanie Bertram


Autor: Johan Harstad
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Ano: 2015
Classificação:
Skoob
SinopseO ano é 2018. Quase cinco décadas desde que o homem pisou na Lua pela primeira vez.Três adolescentes comuns vencem um sorteio mundial promovido pela NASA. Eles vão passar uma semana na base lunar DARLAH 2 - um lugar que, até então, só era conhecido pelos altos funcionários do governo americano.Mia, Midore e Antoine se consideram os jovens mais sortudos do mundo. Mal sabem eles que a NASA tinha motivos para não ter enviado mais ninguém à Lua.Eventos inexplicáveis e experiências fora do comum começam a acontecer...Prepara-se para a contagem regressiva.
Gosto muito de suspense em filmes e séries, mas não costumo ler livros do gênero. Talvez por isso tenha me interessado pela (incrível) capa e pelo enredo de 172 Horas na Lua, um livro que aparentava ser sombrio e recheado de reviravoltas, mas com uma pegada mais leve por ser YA. Na verdade é uma história inverossímil e rasa, que em nada atingiu minhas expectativas.

O livro começa nos apresentando os personagens principais da jornada à Lua: três adolescentes e alguns do cientistas por trás dessa missão que visa comemorar os 50 anos desde a primeira viagem ao nosso principal satélite e atrair novamente as atenções para a NASA, que passa por problemas financeiros (?) e de reputação. 

Não entendi o motivo de apresentar com tantos detalhes a vida e os dilemas dos adolescentes; se a intenção era criar nos leitores algum vínculo com os personagens, não funcionou comigo. Achei Mia extremamente irritante, Antoine meio bobão e Midori sem sal. A história não é minha, mas no lugar do autor eu teria deixado esses dramas para a parte do treinamento, quando eles  começaram a interagir. Seria bem legal descobrir as camadas de cada personagem à medida que um ia aprendendo mais sobre o outro. 

Devido a essa enrolação, a primeira metade do livro quase me fez abandonar a leitura. Eu queria suspense, não drama. Foi difícil passar por todo o blábláblá inicial para finalmente adentrar na parte interessante da história. Quando a equipe decola em direção à Lua, o clima muda e começa a ficar sombrio. Afinal, imagina só a sensação de estar em um lugar inabitado, onde nem o som se propaga? Um tanto quanto assustador, ao meu ver. Mas até mesmo nessas partes um pouco mais densas, fiquei com a sensação de que o autor queria correr com os acontecimentos e jogar tudo na nossa cara de uma vez só. Mais uma vez: se Johan tivesse trabalhado melhor o início da história, não seria necessário correr no final.

Agora, sobre o desfecho. Muitos acham sensacional pelo fato de terem sido convencidos de que "aquilo" de fato poderia acontecer. Já eu achei um argumento que apesar de original, carece de uma explicação crível, portanto, não fiquei nem um pouco assustada ou boquiaberta. 

Os twists da obra são um tanto quanto previsíveis, então isso também colaborou para que a leitura se tornasse frustrante. Mas reconheço a criatividade do autor e acredito que nas mãos de alguém mais experiente, a obra teria funcionado melhor.

De qualquer forma, eu entendo o motivo de muito gostarem de 172 Horas na Lua e recomendo para quem busca um YA sem muita inovação e com suspense bem levinho. Se você busca algo mais sombrio, melhor nem cogitar essa leitura.

Beijos e até o próximo post :*


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