Sinopse: When Michelle runs away from her drug-addicted mother, she has just enough money to make it to New York City, where she hopes to move in with a friend. But once she arrives at the bustling Port Authority, she is confronted with the terrifying truth: she is alone and out of options.
Then she meets Devon, a good-looking, well-dressed guy who emerges from the crowd armed with a kind smile, a place for her to stay, and eyes that seem to understand exactly how she feels.
But Devon is not what he seems to be, and soon Michelle finds herself engulfed in the world of child prostitution where he becomes her “Daddy” and she his “Little Peach.” It is a world of impossible choices, where the line between love and abuse, captor and savior, is blurred beyond recognition.
This hauntingly vivid story illustrates the human spirit’s indomitable search for home, and one girl’s struggle to survive.
Little Peach é um livro pequeno em páginas mas com uma mensagem poderosa. Pelos olhos da protagonista Michelle, acompanhamos a dura realidade de várias garotas que como ela, acabam sendo seduzidas pelo mundo da prostituição infantil.
A autora escolheu um tema muito delicado para abordar. Ao final da leitura, ela inclusive nos explica o motivo de ter escolhido este assunto e por que precisamos falar mais sobre ele. É de cortar o coração saber que tantas crianças e adolescentes vivem diariamente uma situação que nem deveria existir, em primeiro lugar.
Em nenhum momento somos poupados. A obra contém muitas cenas gráficas de violência, drogas e abuso sexual, este último podendo ser um gatilho para algumas pessoas; por isso recomendo cautela caso você tenha alguma dificuldade em ler sobre estes temas. A narrativa de Peggy Kern é muito simples e crua, o que funciona muito bem porque tentar suavizar a história com uma narrativa poética certamente não traria toda a carga emocional que a obra precisa.
Não consigo expressar como me senti em relação aos personagens. Foi algo muito além de tristeza ou emoção; um misto de raiva, impotência e choque. Fiquei impressionada demais para sequer chorar. Acho que isso se deve ao fato de ser tão difícil acreditar que Little Peach seja ficção, quando sabemos que nesse exato momento há tantas Michelles, Babys, Kats e Devons fazendo parte desta máfia repugnante.
Minhas cinco estrelas não se referem à qualidade literária da obra, pois confesso que nem consegui analisar o livro dessa maneira (apesar de achar genial a narrativa em segunda pessoa em certas cenas). Essa nota serve para que você, leitor dessa resenha, saiba que este livro é importante e necessário. Ele vai te chocar, te emocionar, te destruir. Vai fazer você pensar um milhão de vezes antes de reclamar dos seus pais, da sua escola, do seu trabalho. Se você lê em inglês, por favor, dê uma chance a Little Peach. Vamos fazer essa história alcançar mais pessoas, para que possamos discutir mais sobre esse problema que afeta uma parcela tão frágil e indefesa da nossa sociedade.
Beijos e até o próximo post :*
encontro em algum lugar para baixar em pdf traduzido?
ResponderExcluirPoxa, não sei te dizer porque eu li em inglês mesmo... Tenta no Minhateca! Beijos
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