Autora: Goldy Moldavsky
SkoobSinopse: Just know from the start that it wasn't supposed to go like this. All we wanted was to get near them. That's why we got a room in the hotel where they were staying.Eu já tive uma fase fangirl. Dos meus 6 aos 12 anos, amava incondicionalmente os Backstreet Boys. Como eu era muito pequena, não pude ir ao show no Brasil no ápice da carreira deles (e nos shows recentes, me faltou grana mesmo). O que importa é que na medida do possível, eu era fã. Sonhava com o dia em que poderia conhecer os meninos da banda e quem sabe, fazê-los notar minha existência. É difícil explicar, mas quem é fã realmente se sente próximo dos ídolos, mesmo sabendo que não temos chances reais de sermos reconhecidas por esses ídolos.
We were not planning to kidnap one of them. Especially not the most useless one. But we had him-his room key, his cell phone, and his secrets.
We were not planning on what happened next.
We swear.
Decidi começar a resenha com um pouco desse meu background para explicar pra vocês sobre o que Kill the Boy Band trata: o amor das fãs pelas boybands (ou girlbands, cantores solo etc.). É irracional, é difícil de entender, é intenso. Pode levar a atitudes impensáveis para os "meros mortais". Mas faz sentido pra quem vive, e muitas vezes, é a única coisa que mantém uma adolescente sã.
A história de KBB é bem simples. Quatro amigas que queriam ficar mais próximas da The Ruperts, a boyband sensação do momento, que foi criada em um reality show inglês (qualquer semelhança com bandas reais é mera coincidência). Só que o que era pra ser uma noite divertida no mesmo hotel dos meninos toma proporções absurdas e se transforma em algo bizarro e deliciosamente macabro.
A narrativa é feita em primeira pessoa por uma das meninas, uma personagem nada confiável de quem não sabemos nem o verdadeiro nome. O tom dado pela autora é sarcástico e repleto de humor negro, com diversas críticas à geração selfie e ao comportamento dos adolescentes atuais. Todas as personagens abordadas tem a mentalidade despreocupada de ter tudo fácil na hora que querem e como querem, e não aceitam um não como resposta. Apesar de ser um livro despretensioso, me fez refletir bastante sobre a geração atual.
O grupo de amigas é bem diverso, e isso é um ponto super positivo. Temos meninas de etnias e corpos diferentes do padrão americano, além de o livro também conter personagens LGBT. Gostei de como tudo soa verdadeiro, a interação dos personagens é natural mesmo nas situações mais absurdas (que não são poucas). É o tipo de enredo que só vai escalando e piorando a cada capítulo, e mesmo que a gente torça pra tudo dar certo, ficamos empolgadas com o aumento das situações "erradas".
Apesar de ter curtido e muito essa leitura, não gostei de alguns aspectos. Alguns acontecimentos são bem convenientes e convencem pouco, além de ter algumas cenas dignas de fanfic do Wattpad (e a autora até brinca com isso, na verdade). O final deixou bem a desejar, mas confesso que consegui enxergar com facilidade uma situação se desenrolando daquela maneira na vida real.
Então, fica a recomendação de uma leitura rápida mas não tão leve, com muito humor negro e sarcasmo. Quem já foi ou é fangirl vai se identificar pelo menos um pouquinho com uma das meninas, e quem não tem muito conhecimento sobre esse mundo, talvez pense duas vezes antes de julgar as atitudes de quem é devoto a um ídolo teen.
Beijos e até o próximo post!
Beijos e até o próximo post!
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