Resenha | A Primavera Rebelde

segunda-feira, 22 de maio de 2017
Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Páginas: 424
Ano: 2013
Classificação:
SinopseDepois que o rei Gaius de Limeros conquistou as terras de Auranos e subjugou o povo sofrido de Paelsia, passou a dominar toda a Mítica com seu punho de ferro. A rica população de Auranos parece não se importar com o novo governante, desde que seus privilégios sejam mantidos; os paelsianos, como sempre, aceitam seu destino de exploração. Mas a tranquilidade é só aparente: grupos rebeldes começam a surgir nos reinos dominados, questionando as mentiras e os métodos sangrentos do novo rei. 
Enquanto isso, Gaius obedece à sua mais nova conselheira e dá início à construção de uma estrada passando pelas temidas Montanhas Proibidas. Mas essa via não servirá apenas para interligar os três reinos: ela faz parte de uma busca pela magia elementar, perdida há mil anos, que conferirá ao tirano um poder supremo. O que ninguém esperava era que essa obra desencadearia uma série de eventos catastróficos, que mudarão aquelas terras para sempre e forçarão Cleo, Magnus, Lucia e Jonas a tomar decisões até então inimagináveis.
Quando li A Queda dos Reinos, disse que daria um tempo até ler o segundo livro. Posso dizer que me arrependo e muito de ter esperado tanto pra ler A Primavera Rebelde, que dá um  banho em seu antecessor e se consolida como uma sequência excelente desta série!

O livro se inicia pouco tempo depois dos acontecimentos do primeiro volume. Cleo está sob o domínio do rei Gaius e se envolve em uma trama política e estratégica que ameaça os poucos que ainda importam para ela. Enquanto isso, a busca pela Tétrade continua e se torna ainda mais presente, com mais pessoas em busca do poder que ela proporciona.

O início da obra é um pouco lento, mas com a escrita de Morgan Rhodes é difícil ficar entediado. Alguns criticam a autora justamente por escrever fantasia de maneira simplória, mas é justamente isso o que eu mais gosto. Rhodes não perde tempo nos dando descrições detalhadas sobre roupas, costumes e ambientes, e prefere falar mais sobre os sentimentos dos personagens. E que personagens! Já é possível ver crescimento em grande parte deles, como Magnus, que continua sendo meu favorito. Outros, como Cleo e Jonas, persistem em seus erros e não mostram muita evolução durante a trama.

Confesso que esperava mais mortes. Algumas são inesperadas, outras são bem desnecessárias. Mas no geral é legal ver que a autora não tenta manter sua história muito leve e "alegre", fazendo com que a gente sinta medo pelos personagens queridos. Não chega a ser um George R. R. Martin, mas ainda assim nos deixa apreensivos e surpresos.

A Primavera Rebelde é um livro com muitas subtramas. Temos diversos núcleos que agem com objetivos próprios, que provavelmente irão interagir mais ao longo dos outros livros. Não vou destacar nenhum por motivos de spoilers, mas acredito que nada me interesse mais do que as relações entre os personagens. Difícil não sair shippando alguns casais ou querendo matar outros, haha!

Por falar em casais... Temos um problema nesse segundo livro que está se tornando recorrente: a geometria amorosa e o instalove. Pra quê isso, dona Rhodes? Paixonites adolescentes a gente entende, mas não precisamos ter juras de amor eterno a cada novo casal em potencial, né?! Achei bem desnecessário. Mas gostei da inclusão de personagens diversos!

Gostei muito de acompanhar essa história. Por muitas vezes não conseguia largar o livro, e isso é sempre muito bacana, poucas leituras andam conseguindo fazer isso comigo. Já quero continuar pra ontem a leitura dessa série. Foi minha primeira buddy read bem sucedida e com certeza não será a última, porque ler e compartilhar os pensamentos durante a leitura é uma experiência muito prazerosa!

Beijos e até o próximo post :*

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