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Sinopse: Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão.Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas - e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.
Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo é quase uma entidade no meio da literatura YA. É um livro muito aclamado e adorado não só pelo público como também pela crítica. Ou seja, começar a ler sem expectativa nenhuma é uma tarefa quase impossível. E confessar que não achei essa história “tudo isso” é algo ainda mais complicado.
Primeiro de tudo: eu entendo o apelo de Ari e Dante. É fácil perceber o motivo de tanta gente se emocionar e se identificar com esta história, que fala de amizade, adolescência e descoberta da sexualidade de uma maneira simples e metafórica. Mas comigo infelizmente não funcionou, e eu nem sei como explicar isso direito, já que não tive nenhum problema específico com a obra. Foi mais um caso de escrita, personagens e história “meh”.
Meu problema com a escrita foi que ela me emocionou pouco. Benjamin Alire Sáenz não escreve de maneira rebuscada, mas usa de algumas metáforas e muitas frases de efeito em seus parágrafos. Achei estranho porque estas reflexões que o autor apresenta vem da maneira mais inesperada, soando como algo fora do contexto. Parece que a intenção é só falar algo bonito e te deixar pensando no significado, com um enorme ponto de interrogação na cabeça.
Agora, sobre os personagens… Aristóteles, que menino chato. Tá bom que ele tem 15 anos e não faz ideia do seu papel na sociedade/vida, mas precisa reclamar tanto? Reclama da escola, reclama das pessoas, reclama dos pais… nada tá bom pra esse menino. Falta empatia e gratidão da parte dele, que tem uma família super amorosa (apesar dos problemas) e compreensiva, além de poucos e bons amigos. Me irritei muito com ele.
Já com Dante, o sentimento foi oposto. Ele é bad boy sem ser um babaca, o que é muito raro nos livros YA/NA. Um amorzinho com os pais e bem menos reclamão que Ari. Dante tem uns momentos meio filosóficos à la John Green, mas acabei relevando. Dele eu gostei.
Finalmente, o enredo. Gente, que enredo?? A história não vai a lugar nenhum, são apenas passagens de tempo perdidas nos capítulos. Soa quase como um diário em que o narrador passa dias ou meses sem escrever, contando apenas o que aconteceu de importante. É um livro sem clímax, sem um grande momento, uma epifania, nada. Me senti meio desnorteada, sem saber o que esperar, e não de uma maneira positiva.
Infelizmente Ari e Dante não funcionou pra mim, mas eu tenho certeza que irá funcionar pra muita gente. É um livro sensível, que trata assuntos complexos de maneira simples. Recomendo principalmente para adolescentes que ainda tem dúvidas a respeito de sua sexualidade.
Beijos e até o próximo post :*
Beijos e até o próximo post :*
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